Janaina Riva revela impaciência com mentiras sobre Conselho LGBT: “Não é para criar militância”

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) apontou a disseminação de fake news como dificuldade para aprovar o Projeto de Lei (862/2021), que cria o Conselho Estadual dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Conselho LGBT.

O projeto deve entrar em pauta de votação na sessão ordinária da Assembleia Legislativa da próxima semana. De autoria do Poder Executivo, o projeto aguarda parecer da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, Adolescente e Idoso, que se reúne na próxima segunda-feira (22).

“Neste caso específico há muita disseminação de fake News. Nós temos uma falha na comunicação muito grande em relação ao projeto do Conselho LGBT. Então, as pessoas entendem que estamos criando custo, estamos criando benefício, está criando privilégio. Recebi mensagem hoje: não quero que meu filho divide o mesmo banheiro de uma pessoa de sexo diferente. São fake News que estão sendo disseminadas, que a população compra e a gente tem que ficar a todo momento tentando explicar e às vezes, a gente perde a paciência”, declarou Janaina, dizendo que precisa ter paciência para explicar o entendimento correto sobre o Conselho.

Janaina Riva sugeriu aos colegas que indiquem um representante para compor o Conselho LGBT. Segundo ela, só assim vão entender que o Conselho não cria militância LGBT, e  será voltado para criação de políticas voltadas para o público LGBT.

“Falei com o deputado João Batista, que declarou voto dele e vai votar a favor do Conselho. Ele representa o sistema penal que tem uma população gigantesca LGBT. Então ele deveria indicar alguém do sistema para fazer parte e indicar políticas públicas aos que estão na Ala Arco íris, Ala Mata Grande. Ele achou a ideia ótima e vai indicar. Eu também sugeri ao deputado Cattani que coloque alguém das igrejas, não vejo dificuldade nisso, porque só assim eles vão entender para que existe um Conselho, que é na verdade o olhar da população que é atingida por qualquer que seja a discriminação”, declarou a deputada.

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